Em entrevista dada ontem a Folha de Pernambuco, o senador Humberto Costa declarou não haver a mínima possibilidade de ele ser candidato a “qualquer coisa” nas eleições do próximo ano.
Trata-se de uma defesa preventiva, sabendo-se que a presidente Dilma Rousseff terá que ter um candidato ao governo estadual nas eleições do próximo ano e o nome dele é o que se apresenta com melhores condições por ter mandato garantido até 2018 e um forte “recall” no eleitorado pernambucano.
Todavia, antes que o partido lhe cobre este sacrifício o senador auto excluiu-se da próxima campanha eleitoral. Se bem que no partido dele as coisas não funcionam como querem os seus membros. Lá o sujeito recebe “missão” e está obrigado a desempenhá-la. O próprio Humberto sabe bem disto porque já foi para o sacrifício diversas vezes. O último foi na eleição de 2012 quando recebeu a incumbência de disputar a prefeitura do Recife com o PT rachado e sem o apoio do PSB.
É legítimo e natural, portanto, que nas eleições de 2014 ele transfira essa responsabilidade para outro companheiro. Mas quem no PT se habilitaria a disputar o governo estadual contra o candidato de Eduardo Campos apenas para cumprir tabela? O ministro Fernando Bezerra poderia ser este candidato, na hipótese de o PSB negar-lhe a legenda. Mas ele garantiu ontem no Recife que se o PSB romper com Dilma, para lançar candidato próprio a presidente da República, seguirá o partido. Escrito por Inaldo Sampaio.
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