terça-feira, 5 de março de 2013

MORRE HUGO CHÁVEZ


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira (5), aos 58 anos, na capital Caracas. Ele lutava contra um câncer desde junho de 2011 e, após realizar um tratamento em Cuba contra a doença, havia voltado ao país natal em fevereiro deste ano.
Chávez foi um dos mais destacados e controversos líderes da América Latina. Desde que assumiu o comando da Venezuela, em 1999, o militar da reserva promoveu mudanças à esquerda, na política e na economia. Ele nacionalizou empresas privadas, atribuiu ao Estado atividades essenciais, além de mudar a Constituição, o nome, a bandeira e até o fuso horário do país (1h30 a menos que o horário de Brasília).
Chávez foi reeleito pela primeira vez em 2006, com mais de 62% dos votos, e novamente em 2012, com 54%.
Ele tentou chegar ao poder pela primeira vez em 1992 através de uma tentativa fracassada de golpe de Estado, que fez com que fosse preso. Em 2002, já no comando do país, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Foi restituído por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores.
A Venezuela, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), possui uma economia dependente das exportações do combustível, tendência que Chávez queria mudar com a entrada do país no Mercosul. O país tem 30 milhões de hectares de terras cultiváveis, mas importa até 70% dos alimentos que consome. A população é de quase 29 milhões de habitantes.
Doença
Desde que foi reeleito mais uma vez, em outubro de 2012, o líder venezuelano apareceu em público poucas vezes, a maioria delas para liderar conselhos de ministros no Palácio de Miraflores. Chávez também deixou de utilizar frequentemente sua conta na rede social Twitter.
A falta de informações e detalhes sobre a doença e a presença menos frequente de Chávez em eventos desde que anunciou a luta contra o câncer alimentaram os rumores de que seu estado de saúde poderia ser mais grave do que o governo queria divulgar.
Em 10 de junho de 2011, a imprensa venezuelana noticiou que Hugo Chávez havia por uma cirurgia de emergência em Cuba devido a um problema na região pélvica. Rumores sobre a doença circularam nos dias seguintes, mas o governo venezuelano negou que se tratasse de um tumor.
Em 30 de junho, no entanto, o presidente confirmou que havia sido operado em razão de um câncer. Não foram revelados maiores detalhes sobre a doença.
Chávez voltou à Venezuela dias depois e voltaria a Cuba nos meses seguintes para sessões de quimioterapia. Em agosto de 2011, apareceu com o cabelo raspado: "É meu novo visual", disse

.

O funcionário, identificado como o adido militar aeronáutico David Delmonico, segundo Maduro, teria procurado militares para propor um golpe contra o governo. Ele tem 24 horas para deixar o país, de acordo com o vice. Todd Breasseale, porta-voz do Pentágono, confirmou a informação e disse que Delmonicojá deixou o país.
"Este funcionário tem como tarefa buscar militares ativos na Venezuela primeiro para investigar a situação das Forças Armadas e para propor a elas projetos desestabilizadores", disse Maduro.
Mais tarde, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, afirmou que um segundo funcionário americano, Deblin Costal, foi expulso pelo mesmo motivo. A embaixada dos EUA em Caracas disse à France Presse que não tinha conhecimento de nenhum funcionário com esse nome.
'Ataque'
O vice-presidente Maduro também disse acreditar que o câncer que acomete o presidente é um "ataque" dos seus inimigos, um de vários ocorridos ao longo dos últimos 14 anos, segundo ele, e comparou-o à doença que provocou a morte do líder palestino Yasser Arafat.
"Nós não temos nenhuma dúvida, chegará o momento indicado da História em que se poderá formar uma comissão científica que revelará que o comandante Chávez foi atacado com esta doença", afirmou. "Os inimigos históricos desta pátria buscaram o ponto para prejudicar a saúde de nosso comandante."
Ele prometeu também medidas para combater o que chamou de "sabotagem elétrica" que estaria ocorrendo em vários locais do país.
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante pronunciamento na TV nesta terça-feira (5) (Foto: AFP)O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante pronunciamento na TV nesta terça-feira (5) (Foto: AFP)
O vice também criticou o fato de os oponentes políticos não terem respeitado o "direito humano" de Chávez ser tratado, atacando-o com mentiras sem parar.
Ele afirmou que os médicos "estão com Chávez" e que a nação venezuelana segue rezando com ele, após o que chamou de "complicações" que resultam nas "horas mais duras" enfrentadas pelo país e pelo presidente desde a cirurgia a que se submeteu em Cuba em 11 de dezembro de 2012.
Por fim, Maduro pediu que o povo, os trabalhadores "cerrem fileiras" contras os conspiradores e mantenham a unidade.
Mulheres rezam pela saúde do presidente Hugo Chávez no hospital militar de Caracas nesta terça (5) (Foto: Jorge Silva/Reuters)
Em um dos anúncios mais pessimistas até agora sobre a saúde de Chávez, o governo disse na segunda-feira à noite que os problemas respiratórios dele pioraram e ele estava sofrendo de uma nova infecção respiratória "grave" em um hospital militar de Caracas.
O presidente, de 58 anos, não tem sido visto em público nem ouvido desde que foi submetido em Cuba à sua quarta operação desde que a doença foi detectada em sua área pélvica, em meados de 2011.
A falta de notícias claras sobre seu estado gerou frequentes protestos da oposição, que argumenta que ele não tem condições de seguir à frente do país e pede novas eleições.

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