terça-feira, 11 de maio de 2010

Testemunhas reafirmam ameaças via SMS feitas por Manoel Teixeira


O ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Caruaru, Manoel Teixeira, terá que participar de uma nova audiência no dia 26 deste mês, no Fórum Demóstenes Veras, onde vai ouvir novas testemunhas sobre os processos pelos quais responde. Durante toda a manhã desta terça-feira (11), apenas três das oito testemunhas prestaram depoimento. A audiência foi suspensa a pedido da defesa, que alega falta de provas em relação à acusação de que Manoel Teixeira teria ameaçado testemunhas por telefone, caso eles prestassem depoimento contra ele.
O advogado de Manoel Teixeira, Daniel Lima, disse que quer esperar a liberação do extrato referente às ligações citadas pela justiça. A decisão foi tomada durante a audiência de hoje. Os depoimentos desta terça, só terminaram no fim da manhã.
 
A audiência
Manoel Teixeira saiu da Penitenciária Juíz Plácido de Souza por volta das 9h acompanhado do advogado, Daniel Lima e seguiu para o Fórum de Caruaru. Ele foi levado para depor e ouvir testemunhas em relação a um dos nove processos aos quais responde. Entre os processos, o Ministério Público acusa Teixeira de contratar funcionários sem a realização de processo licitatório e ainda de apropriação de verbas públicas, enquanto trabalhava na Câmara de Vereadores, em 2007, além de ameaçar testemunhas. 
Ex-prefeito saiu da penitenciária dentro do carro da polícia Foto: Thomás Alves/ Portal +AB
 
A audiência começou por volta das 9h20. Quem esteve à frente da reunião foi o juiz Gleydson Cleber, na Terceira Vara Criminal do Fórum Demóstenes Veras. A imprensa teve acesso mas imagens não podem ser feitas. As testemunhas começaram a ser ouvidas por volta das 10h. Elas foram chamadas uma a uma. 
Ameaças 
A vítima que teria recebido ameaças via SMS, que teriam sido enviadas por Manoel Teixeira foi a segunda testemunha a ser ouvida. Segundo José Jerônimo, ele estava depondo na promotoria de justiça de Caruaru, sobre um dos processos que Teixeira responde, quando recebeu uma ligação do assessor do Neguinho, que disse que "ia dar uma pisa" caso a testemunha dissesse algo contra.
Mais uma vez Manoel Teixeira foi questionado sobre supostas ameaças Foto: Thomás Alves/ Portal +AB 
O advogado de Neguinho Teixeira questionou a mesma testemunha sobre a ligação. A testemunha disse que após a ligação, o assessor de Neguinho afirmou que a ligação tratava-se de uma 'brincadeira' e que inclusive eles seriam amigos até hoje. 
José Jerônimo disse que agora está tranquilo "Antes eu estava temeroso porque eu tinha medo de morrer. No entanto, a situação ficou mais tranquila. Até porque depois que Neguinho foi preso não sofri nenhuma outra ameaça, nem outro constrangimento", afirmou.
Por volta das 11h, a terceira testemunha começou a prestar depoimento. O pedreiro Edvan Vila Nova afirmou que foi contratada, em 2007, por Neguinho Teixeira para fazer trabalhos de pintura na Câmara de Vereadores. O contrato seria feito da seguinte maneira: o valor do trabalho seria de R$ 640, sendo que ela deveria receber R$ 150 e Neguinho ficaria com o restante.
Durante este período a testemunha não receberia nada, nem os R$ 150. O dinheiro que ele recebia era apenas pelas obras particulares de Teixeira, já que também foi chamada por Neguinho para prestar esse tipo de serviço.
A testemunha afirmou que quando foi depor, anteriormente, na promotoria, sobre o caso, recebeu uma mensagem no próprio celular, assinada por Neguinho Teixeira, que dizia: "Se você estiver falando mau de mim vou mandar lhe dar uma surra".
O advogado de defesa questionou à testemunha se depois da mensagem ele teria recebido outra ameaça. A testemunha afirmou que nunca mais foi ameaçada, nem passou por situação de constrangimento. "Não tenho e nem nunca tive medo de Neguinho Teixeira", declarou a testemunha, que explicou que não se sentiu ameaçada com a situação.
No fim da audiência, Teixeira saiu de mãos dadas com a família Foto: Thomás Alves/ Portal +AB

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