segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Delegada recebe inquérito que apura morte da jovem de 11 anos

Na foto Marlene Gomes, tia de Rafaela Freitas Nunes de 11 anos, que morreu vitima de overdose, no Ibura. Imagem: Teresa Maia/DP/D.A Press
A delegada da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente, Kelly Luna, recebeu nesta segunda-feira (27) o inquérito que investiga a morte da jovem Rafaela Freitas Nunes, de 11 anos. A menina morreu no último domingo (26), possivelmente de overdose, depois de cheirar loló. O enterro, que seria na tarde de hoje foi adiado por falta de vaga no Cemitério de Santo Amaro. O corpo da menina foi encontrado pela irmã de 16 anos, no meio da rua onde passava o fim de semana, na comunidade Jardim Monte Verde, bairro do Ibura.

Com investigações ainda em fase inicial, a delegada vai convocar testemunhas e tentar identificar a outra menor que estava junto com Rafaela Freitas e Adjaílson Vicente da Silva, de 22 anos, que forneceu drogas aos menores.

"Vou aguardar o resultado da perícia, que vai apontar qual substância causou a morte da menina. Não há previsão de quando este laudo deve ficar pronto, mas a prisão em flagrante de Adjaílson pode ser decretada em até 10 dias depois do crime", adiantou Luna.

Tragédia - Rafaela tinha saído de casa na noite do sábado, acompanhada por Adjaílson Vicente da Silva, de 22 anos, e mais dois adolescentes de 14 anos. O grupo teria utilizado drogas até as 3h. Horário em que Adjaílson, segundo a polícia, arrastou todos para um casarão abandonado na própria comunidade. No local, planejava ter relações sexuais com a menina. Com a morte da estudante, ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e aliciamento de menores.

Ainda segundo os familiares da vítima, Rafaela era uma criança tranquila e não tinha amizade com Adjaílson. Mas o histórico da família traz à tona a difícil realidade das drogas. Horas antes de encontrar o corpo de Rafaela, a irmã de 16 anos, tinha saído do hospital. Foi levada após inalar grande quantidade de loló.

Ao encontrar o corpo da irmã jogado na rua, foi silenciada por Adjaílson que lhe ofereceu maconha. ´Quando vi o corpo, tentei ver o pulso, pedir ajuda, achei que ela tivesse viva. Ele me trouxe maconha. Olhei e pensei, meu Deus, o que estou fazendo com a minha vida`, desabafou. A adolescente levou Rafaela para a Policlínica Arnaldo Marques, no Ibura, mas a garota já chegou na unidade de saúde sem vida.

O delegado Marcos Pereira, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente efetuou o flagrante. Segundo ele, Adjaílson Vicente sabia os riscos que corria ao oferecer drogas para uma criança. ´Ele é conhecido por ser traficante. A família da menina tem problemas e a fome complicou. Repassaram informação de que ao tentar acordar a garota ainda bateram com a cabeça dela no chão. A falta de assistência resultou nessa tragédia`, disse. Adjaílson Vicente foi encaminhado para o Cotel, em Abreu e Lima.

Com informações do repórter Daniel Leal

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