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Entre os grandes partidos, o PSB é que mais cresceu
em número de candidatos a prefeito desde as últimas eleições municipais. Este
ano, ele vai disputar uma em cada cinco prefeituras do País, 14% a mais que em
2008. No total, são 1.044 candidatos do partido socialista, 126 a mais que em
2008.
Levantamento do Estadão Dados no Tribunal Superior
Eleitoral mostra também que o PT nestas eleições ultrapassou o PSDB no número
de candidatos, ficando atrás apenas do PMDB, que mesmo recuando 16% em relação
a 2008 continua tendo a maior base de candidaturas. O novato PSD ocupa a quarta
posição nesse ranking.
A avidez do PSB na disputa municipal deste ano já
gerou conflitos com o PT, seu aliado nacional, em pelo menos três capitais. Em
Belo Horizonte, o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB) vai enfrentar o
ex-ministro Patrus Ananias (PT). Em Recife e Fortaleza, o PSB também sairá com
candidatos próprios contra o partido da presidente Dilma Rousseff. Para
dissipar o desconforto, Dilma se reuniu na semana passada com o presidente do
PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e recomendou que as eleições
municipais não fossem confundidas com a aliança nacional entre os dois
partidos. Após três horas de reunião, Campos anunciou que a paz estava selada.
A influência do PSB acontece com maior intensidade
na região Nordeste do País. Mais da metade dos candidatos a prefeito do partido
estão concentrados por lá, onde vão disputar uma em cada três cadeiras do
Executivo municipal. A faixa de influência dos socialistas também se estende
para o Sudeste, onde estão um quarto dos seus candidatos. Mas no resto do País
sua presença ainda é tímida. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, os
candidatos da legenda estão na briga por apenas uma em cada dez prefeituras.
Devido ao crescimento, o PSB saltou do oitavo para
o sexto lugar na lista de partidos com mais candidatos a prefeito. Ainda sim,
ele dá mais apoio para chapas encabeçadas por outras siglas do que apresenta
candidatos próprios. Apesar das rusgas com o PT, os socialistas são a maior
fonte de apoio para os petistas. Embora o PMDB e o PT possuam o maior número de
alianças (em mais de mil municípios), o PSB é o partido que mais dá apoio aos
candidatos do PT nestas eleições - o PSB apoia os petistas em 413 cidades; o
PMDB em 382 (números com base em 90% das informações do TSE consolidadas).
O PMDB, que tem a maior base municipal do País,
continua sendo a principal força partidária na corrida pelas prefeituras. Mas o
número de candidatos caiu 16% em relação a 2008. Este ano, serão 2.292 nomes
peemedebistas, 440 a menos. Ainda sim, o número é quase 30% maior que o do PT,
que ocupa o segundo lugar em quantidade de candidatos.
Virada e PSD. O resultado petista, no entanto,
representa uma virada. Este ano, a sigla ultrapassou os tucanos, que perderam
quase 200 candidatos em relação a 2008. A força do PSDB concentra-se em São
Paulo, Minas e Paraná - todos governados por tucanos -, que detêm metade dos
nomes do partido para as prefeituras. O PT é também o segundo que mais cresceu
entre as grandes legendas, atrás apenas do PSB. Em 2012, são 124 candidatos a
mais que nas últimas eleições, totalizando 1.789 - um aumento de 7%.
Nas suas primeiras eleições, o PSD é um fenômeno.
Criado em 2011 pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o partido tem o
quarto maior número de candidatos, atrás do PMDB, PT e PSDB. No total, são
1.094 nomes. A distribuição regional das candidaturas mostra que Kassab
conseguiu costurar apoio principalmente fora do seu Estado. Quatro entre dez
candidatos do PSD estão no Nordeste. No Sudeste, a sigla concorre a 12% das
prefeituras.
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