sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Em palanque de Mercadante, Lula faz último comício da campanha

'Não temos que aceitar nenhuma provocação nesses dias', diz presidente.
Ato em São Bernardo do Campo reuniu chapa majoritária do PT em SP.

Entre os candidatos ao Senado Netinho e Marta Suplicy, o presidente Lula com máscara de Mercadante em comício nesta quinta (30)
Entre os candidatos ao Senado Netinho (PCdoB) e
Marta Suplicy (PT), o presidente Lula com máscara
de Aloizio Mercadante em comício nesta quinta (30)
(Foto: Cesar Ogata/Divulgação)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta quinta-feira (30), em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) de seu último comício de campanha no primeiro turno.
Com a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) no Rio de Janeiro para o debate entre presidenciáveis da TV Globo, Lula subiu no palanque de Aloizio Mercadante, candidato petista ao governo de São Paulo.
O presidente dedicou seu discurso a exaltar realizações de seu governo. Lendo dados em um papel, citou indicadores como desemprego, criação de empregos formais e renda do trabalhador para contrapor a gestão do PT no Planalto ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002).
"O Brasil vivia assustado com o FMI [Fundo Monetário Internacional]. Hoje uma coisa que me dá orgulho: não só a gente não deve nada ao FMI como eles devem US$ 14 bilhões para a gente", afirmou o presidente, repetindo argumento comum em seus discursos e nos de Dilma.
O presidente pediu votos para Mercadante e se referiu a Geraldo Alckmin (PSDB), rival do petista na disputa estadual, como "sujeito".
"Acho que hoje, Aloizio, nós temos garantido o segundo turno [na eleição em SP]. E o segundo turno é olho no olho. Em 2006 fui para o segundo turno com esse sujeito que está disputando com você. E o dado concreto é que cresci 12 milhões de votos e ele perdeu 3 milhões de votos", disse Lula.
O presidente também citou rapidamente a decisão desta quinta (30) do Supremo Tribunal Federal que derrubou, em ação movida pelo PT, a exigência de apresentar dois documentos no dia da votação.
"Hoje houve uma decisão judicial e com só um documento com fotografia a pessoa pode votar", afirmou o presidente, que nesta campanha dedicou trechos de discursos a orientações sobre documentos necessários para votar.
Lula afirmou ao público que "não temos que aceitar nenhuma provocação nesses dias" e pediu votos para Dilma somente em sua última intervenção.
"Nós levamos cinco séculos para votar em um metalúrgico, e depois de eleger um metalúrgico vamos eleger uma mulher presidente da República nesse país", afirmou.
Netinho aponta motivação política em ação da polícia em sua casa
Candidato ao Senado na chapa do PT em São Paulo, Netinho (PCdoB) apontou, em discurso no comício, motivação política na ação da Polícia Civil realizada em sua casa na quarta-feira (28).
A polícia paulista abriu inquérito para apurar se Netinho omitiu bens em sua declaração à Justiça Eleitoral. O candidato vive em uma casa avaliada em cerca de R$ 2 milhões em um condomínio na Grande São Paulo, mas não declarou o imóvel. A polícia diz ter estado no local para fazer fotos externas.
"Essa semana foram na minha casa com a polícia, porque falaram que tem uma dívida fiscal. A polícia invadiu minha casa, mandou abrir. [...] Tudo isso pelo seguinte: deve estar incomodando o negrão que vai para o Senado. E nós vamos incomodar mais", disse Netinho, que apontou "emparelhamento" (aparelhamento) do estado pelo PSDB.
Em discurso, Lula também fez menção ao episódio. "Do que você foi vítima hoje eu sou vítima há muito tempo. Não permita que a agressao que sua família sofreu seja motivo para você baixar a cabeça."

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