segunda-feira, 1 de julho de 2013

Resultados de pesquisas são 'recado' para todos os políticos, diz Aécio

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante entrevista em São Paulo (Foto: Roney Domingos / G1)

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta segunda-feira (1) em São Paulo que a queda na popularidade de governantes demonstrada em recentes pesquisas de opinião e os  protestos que tomaram as ruas do país nas últimas semanas são um "recado" para toda a classe política.
Pesquisas do instituto Datafolha divulgadas no final de semana indicaram queda da aprovação da presidente Dilma Rousseff, dos governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e dos prefeitos Fernando Haddad (PT-SP) e Eduardo Paes “Não foi um sinal apenas para um partido político. Sobre aquele que está no poder central, que mantém 70% do que é arrecadado sob seu controle, há uma cobrança maior. Temos que ter humildade para reconhecer esse recado, que é a toda a classe política”, afirmou Aécio Neves em evento do qual participou no Instituto Fernando Henrique Cardoso, no centro de São Paulo, sobre os 19 anos do Plano Real.
Ele disse que os partidos de oposição não foram convidados a conversar com a presidenteDilma Rousseff sobre a proposta de reforma política.“As oposições apresentaram uma agenda ao governo, e o governo sequer se dispôs a comentá-la, o que mostra que não há disposição de conversa com as oposições”, afirmou.
Aécio disse que as oposições estavam dispostas a aceitar o convite da presidente, mas têm dúvida sobre o conteúdo da conversa.
“Se for para discutir a pauta que interessa ao Brasil, acho que poderíamos aceitar. Se for para tirar mais uma fotografia  ao lado da presidente, acho que ela certamente tem coisas mais relevantes a fazer”, afirmou.
O presidente do PSDB  disse que diante do clamor popular a presidente deveria  cortar cargos em comissão, reduzir  o número de ministérios e  suspender o “mirabolante e patético”  programa do trem bala.
“Quem sabe a presidente da República vem a público dizer que espera que o Supremo Tribunal Federal conclua rapidamente o processo do mensalão”, afirmou.  “Eu vejo a presidente da República tratar lateralmente essas questões”, disse.Reforma política
Mais tarde, após participar de encontro com a Sociedade Rural Brasileira, Aécio disse que deve ser responsabilidade do Congresso discutir os temas da reforma política e voltou a defender a defender a ideia de referendo. Aécio disse que é um direito da presidente enviar a proposta de plebiscito ao Congresso, mas fez ressalvas.
"Acho é que existe uma base no Congresso suficientemente ampla, uma base governista, e nós não seríamos objeção a isso, capaz de votar em um espaço de tempo curto pelo menos parte dessas propostas. Não conheço as propostas da presidente até porque nestes dois anos e meio o Brasil não teve o privilégio de conhecê-las. O que não podemos é,  neste momento de dificuldades,  tirar o foco da agenda real dos problemas brasileiros para apenas uma agenda política.   Na minha avaliação, é responsabildiade do Congresso discuti-la e gostaria de vê-la aprovada em um referendo", afirmou.
Aécio disse ver um o governo federal  pressionado. "[É] um governo que um dia lança a proposta de uma constituinte específica e no dia seguinte volta atrás porque além de inconstitucional era extremamente arriscada à ordem juridica. Busca agora através de um plebiscito que não se sabe ainda sobre que temas ocorreria", afirmou.
Aécio disse concordar com o fim da reeleição e aumento da duração do mandato de quatro para cinco anos.  "Apresentei em 1989 um propjeto que ainda está na Câmara dos deputados nesta direção. Me parece mais adequado, não há pressão da reeleição e utilização do Estado para garantir mais um mandato para quem está no poder. Eu acho que é  mais republicano um mandato de cinco anos sem direito à reeleição.  Agora é preciso que a maioria governista também compreenda  que ele é importante", afirmou.

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