quarta-feira, 16 de junho de 2021

Coronel que comandava PM no dia de ação violenta em ato contra Bolsonaro é transferido para reserva remunerada

 

Comandante da PM de Pernambuco, coronel Vanildo Maranhão, pediu exoneração, segundo o governo do estado, e deixa o cargo — Foto: Reprodução/TV Globo

Comandante da PM de Pernambuco, coronel Vanildo Maranhão, pediu exoneração, segundo o governo do estado, e deixa o cargo — Foto: Reprodução/TV Globo

O coronel da Polícia Militar de Pernambuco Vanildo Maranhão foi transferido, nesta terça (15), para a reserva remunerada. O oficial era o comandante-geral da PM no dia 29 de maio, quando ocorreu ação violenta contra manifestantes que faziam um ato pacífico contra Jair Bolsonaro (sem partido), no Recife. Ele deixou o cargo em 1º de junho e, segundo o governo, pediu exoneração.

A repressão ao protesto realizado no Centro da capital pernambucana deixou dois homens gravemente feridos.

O adesivador de táxis Daniel Campelo, de 51 anos, e o arrumador de contêineres Jonas Correia, de 29 anos, perderam parte da visão. A vereadora Liana Cirne (PT) levou jato de spray no rosto.

Além de Vanildo Maranhão, o governo aceitou a exoneração do então secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua. Até agora, 16 PMs foram afastados das ruas. Três deles são oficiais e foram identificados.

A transferência para a reserva remunerada de Vanildo Maranhão foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco nesta terça. A determinação, no entanto, é retroativa ao dia 2 de junho. Ou seja, um dia depois da exoneração.

PM atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes em protesto contra Bolsonaro no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

PM atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes em protesto contra Bolsonaro no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com o portal da transparência do governo de Pernambuco, a última remuneração do coronel na ativa, em maio deste ano, quando ocorreu a ação violenta, era de R$ 33.897,69. O salário-base foi de R$ 23.238.

Desde o dia da ação violenta contra os manifestantes, Maranhão evitou falar com a imprensa e não explicou de quem partiu a ordem para reprimir o protesto.

O governo afirmou várias vezes que a decisão de agir com armas de balas de borracha e spray de pimenta partiu dos comandantes ada ação que estavam nas ruas. Isso contraria um documento interno, que apontou que a determinação saiu do comando-geral da PM.

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