Famílias de 300 pernambucanos contam com uma nova ferramenta para tentar localizar desaparecidos. Um banco de dados de DNA foi criado pela Polícia Científica de Pernambuco para fazer a identificação. Com o projeto, são comparadas informações de pessoas sepultadas como indigentes com perfis genéticos de seus parentes (veja vídeo acima).
O banco de DNA fica no Instituto de Genética Forense, na Estrada da Batalha, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Segundo Carlos Souza, gestor do instituto, ele é conectado aos sistemas das polícias civis de outros estados. Nas telas e bancos de dados podem estar as respostas que os parentes aguardam.
"Os familiares que reclamam ou têm parentes desaparecidos, por meio da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa, são encaminhados para cá ou para o IML, onde são coletadas amostras de DNA. Depois de sofrer esse processo, é obtido um perfil genético, para uma posterior comparação nesse banco de perfil genético", declarou.
Equipamento compara perfis genético de pessoa enterrada como indigente com DNA do parente — Foto: Reprodução/TV Globo
José Cassimiro desapareceu no dia 29 de setembro de 2017, quando foi pegar insulina num posto de saúde em Camaragibe, no Grande Recife. Para Rúbia Santos, filha dele, o vazio deixado por ele piora ainda mais com as dificuldades.
"É uma dor muito grande, por meu pai ser uma pessoa muito especial, é algo que a gente não esperava. Nossa vida é ir a IML, delegacia, banco. Que eles possam fazer a busca necessária, que não só deixem arquivado, mas que vá em busca, porque não é só a nossa família que sofre. Quando nosso pai desapareceu, a gente tomou a noção de quantas pessoas estão desaparecidas, sem nenhuma notícia", disse.
Segundo o coordenador do banco genético, a análise é feita a nível nacional. "Através de um banco nacional, que fica em Brasília, administrado pela Polícia Federal, são feitas, semanalmente, comparações entre corpos e parentes que reclamam desaparecidos no Brasil inteiro", disse.
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