Votos brancos e nulos chegam a 3,6 milhões, diz Tribunal Superior Eleitoral.
Cerca de 7,1 milhões de eleitores não compareceram às urnas no 2º turno.
![Votos brancos, nulos e abstenções (Foto: Arte/G1) Votos brancos, nulos e abstenções (Foto: Arte/G1)](http://s2.glbimg.com/oy8S2ZUkpmF7iW-etGVLpfQs5Kg=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/10/30/brancos_nulos_abstencao_i17fG7m.jpg)
Neste ano, 57 cidades tiveram segundo turno, número superior ao de 2012, quando 50 muncipíos passaram por uma segunda rodada de votações. Entre uma eleição e outra, o número de eleitores que foram às urnas nessa etapa cresceu 3,97%.
O número, segundo o tribunal, corresponde a 32,5% dos 32,9 milhões de eleitores aptos a votar neste domingo. No segundo turno das eleições municipais de 2012, o número foi menor, de 8,4 milhões (26,5% dos 31,7 milhões de eleitores).
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O total de abstenções neste domingo foi de quase 7,1 milhões de
eleitores (ou 21,6% do eleitorado). O número de votos brancos ficou em
aproximadamente 936 mil (4,28% dos votos). Os votos nulos somaram 2,7
milhões (12,41% dos votos).Já em 2012, o número de abstenções foi de cerca de 6 milhões (19,11% dos eleitores). O número de votos brancos naquele ano foi de 834 mil (3,58% dos votos). Os votos nulos naquele ano somaram 1,5 milhão (6,54% dos votos).
Com o aumento das abstenções e dos votos brancos e nulos, o total de votos válidos no segundo turno caiu 4,5% em 2016, em relação a 2012.
No Rio, por exemplo, Marcelo Crivella (PRB) venceu com 1,7 milhão de votos. Segundo o TSE, 150 mil eleitores votaram em branco e outros 570 mil anularam o voto.
![Abstenção no segundo turno das eleições de 2016 (Foto: Arte/G1) Abstenção no segundo turno das eleições de 2016 (Foto: Arte/G1)](http://s2.glbimg.com/I7rU_whRY4caRN0AUO8Gk8r0vKA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/10/30/abstencao_FQVUU1X.jpg)
Mendes ponderou que não se deve supervalorizar o número de ausentes, já que “impropriedades” podem ser encontradas na contagem dos eleitores. “Onde tem biometria, temos índice menor de abstenção. Pessoas que mudam de cidade sem mudar o domicílio eleitoral, isso acaba contaminando os dados”, afirmou.
De acordo com o ministro, o cadastro da Justiça Eleitoral não exclui eleitores que faleceram desde maio deste ano. “Não está atualizado”, explicou Mendes.
Para o presidente do TSE, é equivocada a avaliação de que o elevado índice de abstenções se deve ao fato de o voto ser obrigatório. “Não há dificuldade para se fazer justificativa. A multa que se aplica é quase simbólica, está em R$ 3”, afirmou.
Para ele, tornar o voto facultativo no país seria como “checar se tem gasolina no tanque acendendo o fósforo”. O ministro usou como exemplo o Chile, onde o voto deixou de ser obrigatório e que registrou elevadas taxas de abstenção nas últimas eleições.
![Votos brancos e nulos no 2º Turno das eleições de 2016. (Foto: arte/G1) Votos brancos e nulos no 2º Turno das eleições de 2016. (Foto: arte/G1)](http://s2.glbimg.com/TDfP6DimBRFjgT3ChuHLecidnkM=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/10/30/brancos-e-nulos-menor.jpg)
No primeiro turno, o alto índice de abstenções e votos anulados causou repercussão entre os principais políticos do país. O presidente da República, Michel Temer, chegou a afirmar que o número era um recado da população à classe política.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a prioridade do Congresso deveria ser uma reforma política "profunda". Para ele, caso os parlamentares não aprovem mudanças no sistema eleitoral, a política vai se desgastar cada vez mais.
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