segunda-feira, 29 de outubro de 2012

RÁDIO FILADEUFIA FAZ COBERTURA DAS ELEIÇÕES DE SÃO PAULO NO 2° TURN


Direto de São Paulo: São Paulo representará maior vitória do PT, diz Padilha

Ministro da Saúde afirma que Serra não tem a capacidade de sintetizar propostas aos eleitores desde que disputou a eleição para a Presidência da República em 2002

Padilha: um dos nomes cotados pelo partido para disputar a eleição para o governo do Estado em 2014

São Paulo - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na manhã deste domingo que o PT foi o partido mais atacado durante o julgamento do mensalão e, mesmo assim, deve sair vitorioso nas eleições municipais deste ano. "A vitória em São Paulo é a maior vitória política do partido, a maior derrota de um possível pré-candidato à Presidência da República em 2014 e a maior derrota do principal partido de oposição", disse o ministro, em referência, respectivamente, aos candidatos Fernando Haddad e José Serra e ao PSDB, já dando como certa a vitória petista entre os eleitores paulistanos.
Segundo Padilha, Serra não tem a capacidade de sintetizar propostas aos eleitores desde que disputou a eleição para a Presidência da República em 2002, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Serra já não era competitivo desde a vitória do presidente Lula e da presidente Dilma", disse. O ministro minimizou o impacto do julgamento do mensalão sobre o eleitor. "O mensalão desde o começo da campanha não impactou, porque a eleição é municipal e os resultados mostram isso."
Padilha é um dos nomes cotados pelo partido para disputar a eleição para o governo do Estado em 2014. Ele disse que pretende ficar no Ministério da Saúde até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff e que acha precoce discutir, neste momento, a próxima eleição. O ministro afirmou que, mesmo com a vitória de candidatos novos do PT - a exemplo da presidente Dilma e de possível eleição de Fernando Haddad em São Paulo -, a forma de escolha de um nome que nunca disputou eleição não necessariamente pode dar certo na próxima vez.
PSD
O ministro defendeu a participação do PSD, do atual prefeito paulistano Gilberto Kassab, na base partidária de Dilma, mas avaliou que a indicação do partido para um ministério depende de uma decisão exclusiva da presidente. "O PSD já tem deputados que votam com a base governista, tem acordos com o PT em vários municípios do País e no governo da Bahia, por exemplo. É natural que a bancada do PSD esteja cada vez mais conosco", disse.
Padilha tem seu título de eleitor registrado em Santarém (PA). Como médico, em 2002 ele coordenava um projeto da Universidade de São Paulo (USP) na cidade paraense e transferiu seu título para o Pará apenas para votar no ex-presidente Lula, que à época disputava a Presidência contra o tucano José Serra. "Por enquanto, não tenho planos de transferir o título de eleitor para São Paulo", disse.

No primeiro discurso como prefeito eleito, Fernando Haddad pede união ‘em torno de um projeto coletivo’ em São Paulo

Bruno Siffredi, de O Estado de S.Paulo

O candidato do PT, Fernando Haddad, que venceu neste domingo, 28, a disputa pela Prefeitura de São Paulo, elegeu a redução da desigualdade social como o principal desafio de sua futura gestão. O petista, que fez seu primeiro discurso como prefeito eleito da capital paulista, pediu aos paulistanos união “em torno de um projeto coletivo” para a cidade.
“Ser prefeito pela força da mudança significa não ter tempo a perder”, afirmou o petista. Para Haddad, a capital paulista precisa “voltar a ser farol e antena” do resto do País. “Mas São Paulo tem que ser, antes de tudo, uma cidade lar, onde toda família possa realizar seu sonho de ser feliz.”
Haddad elegeu a redução da desigualdade social como o principal desafio de sua gestão à frente da capital paulista. Ele prometeu “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”. São Paulo é “uma cidade rica, e ao mesmo tempo uma das mais desiguais do planeta”, disse.
O prefeito eleito da capital paulista disse que a sua São Paulo deve ser uma cidade “capaz de reconstruir”. Ele acusou a gestão anterior de abandonar a cidade e não reconhecer as suas potencialidades em áreas como cultura, indústria e comércio. “Intelectualidade (de São Paulo) nunca perdeu a capacidade de pensar.”
“O fracasso de São Paulo” seria o fracasso do modelo de cidade, afirmou o petista. “O Brasil moderno nasceu aqui, e o surpreendente Brasil do novo milênio também nascerá aqui.”

Mercadante vê 'derrota da hegemonia do PSDB' em SP

Para ministro da Educação, vitória do PT mostra a qualidade do trabalho partido que 'poderá ser reconhecida em 2014'

O ministro da Educação Aloizio Mercadante afirmou neste domingo, 28, que a possível vitória do PT em São Paulo e em outras cidades do interior paulista é "uma derrota" do projeto do PSDB "que era hegemônico no Estado de São Paulo", disse.
Na capital paulista, diz o ministro, a possível derrota de Serra, classificado por Mercadante como principal quadro político tucano, foi expressiva e "sinaliza o sentimento de desgaste do PSDB e mostra a qualidade do trabalho do PT que poderá ser reconhecida em 2014".
O ministro, no entanto, pregou cautela e humildade ao partido e militantes para as próximas eleições. Ainda sobre a potencial vitória de Fernando Haddad, Mercadante afirmou que o candidato é uma nova liderança do partido e com "um belo currículo" que inclui 10 anos de experiência administrativa nos governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Mercadante afirmou que é preciso fazer em São Paulo a parceria feita entre o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governo federal, especialmente para as áreas de transporte e educação. "O Haddad vai ter um grande apoio do governo Dilma", completou.

Haddad deve esquecer questão partidária ao formar governo, diz Chalita

O deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) votou na manhã deste domingo em um colégio da região de Higienópolis, no centro de São Paulo, e afirmou que, se for eleito, o candidato Fernando Haddad (PT) deve esquecer questões partidárias para formar o governo.
"Se eu pudesse dar um conselho para o Haddad, eu diria: escolha os melhores técnicos independentemente dos partidos. Se tiver gente boa do PSDB que traga, se tiver do PT que traga também. Chegou a hora de fazer uma gestão de técnicos competentes", afirmou Chalita.
Ao ser questionado sobre o outro candidato a concorrer o segundo turno na capital paulista, Chalita afirmou que José Serra (PSDB) saiu mais fraco da eleição do que havia entrado.
"Acho que Serra saiu menor do que entrou nessa eleição. Ele interrompeu um processo de prévias que estava em andamento. O PSDB poderia ter um nome novo para lançar naquele momento. É um partido importante, mas não deixa um nome novo surgir nunca", disse ele.

Marta se diz 'de alma lavada' e acha que Serra 'se enforcou com a própria corda'

A ministra da Cultura e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) disse se sentir "de alma lavada" com a vitória de seu correligionário Fernando Haddad (PT), ao chegar para no hotel intercotinetal.
Derrotada por José Serra (PSDB) na eleição municipal de 2004, ela disse que o tucano "desta vez se enforcou com a própria corda": "Ficaram evidentes as armadilhas que fazia, a pessoa que ele é. Foi bom ver que os paulistanos perceberam e deram o troco".
Segundo a ministra, "não é fácil disputar com alguém muito experiente e traiçoeiro [referência ao candidato do PSDB]". Ela afirmou que "as musiquinhas de campanha que tive de enfrentar [em 2004, quando concorreu com o tucano] eram preconceituosas, difíceis". "Tudo isso estava engasgado na garganta, daí a minha vontade de disputa."
Como fizera em encontro com Haddad no começo da manhã, Marta disse que o ex-presidente Lula e o PT de São Paulo acertaram ao lançar a candidatura do ex-ministro da Educação à prefeitura.
"O Lula tem a maior intuição, o maior tirocínio político que este país viu em muito tempo", disse ela, que pleiteava ser a candidata petista e deixou saber em repetidas ocasiões que estava triste por ter sido preterida. "Ele estava certo: a força interna e a capacidade de visão que teve, ainda mais numa situação adversa de câncer [na laringe] e com o PT enfrentando circunstâncias difíceis, foram incríveis."
Em setembro, dias depois de estrear na campanha de rádio e TV de Haddad, ela seria nomeada ministra pela presidente Dilma Rousseff.
A ministra não quis tecer conjecturas sobre a eleição para o governo do Estado em 2014. Os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) são vistos como possíveis candidatos petistas, ao lado da própria Marta.

Parte da avenida Paulista é fechada para comemoração da vitória de Haddad


Para a comemoração da vitória de Fernando Haddad em São Paulo, a avenida Paulista foi fechada, desde as 20h45 deste domingo (28), por militantes entre a avenida Brigadeiro Luis Antonio e a alameda Pamplona no sentido Consolação.
Lideranças da campanha petista, incluindo a vice de Haddad, Nádia Campeão (PC do B), chegaram pouco depois e se reuniram em cima de um carro de som.
No início do evento, a locutora repetiu a frase do ex-presidente Lula de que "de 'poste' em 'poste' o Brasil vai ficar iluminado".

Maluf chega à festa do PT para comemorar vitória de Haddad

O deputado federal Paulo Maluf (PP) chegou na noite deste domingo, com comitiva de seu partido, ao Hotel Intercontinental, onde será realizada a festa do PT em comemoração à vitória de Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Entre os membros de sua comitiva estão o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e o deputado federal Beto Mansur (PP-SP).

Fotos: Deborah Thalyta

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